COVID 19: Por que o cooperativismo (principalmente o financeiro) se torna relevante em tempos de adversidade?, por Giovana Pedroso

A cooperação nunca fez tanto sentido quanto nos dias que estamos vivendo. A palavra “cooperar”, no seu sentido mais puro, é operar em conjunto. É a ação coletiva em prol de um sonho ou objetivo comum. É diferente de colaborar. Esses dois verbos são comumente confundidos, mas a colaboração não pressupõe o “almejar” junto.

Em tempos de pandemia, um cenário jamais vivido ou sequer imaginado pela maioria de nós, a cooperação é uma condição essencial. Devemos sonhar, acreditar e agir juntos para que tudo isso passe rápido e deixando o menor dano possível.

No sul de Santa Catarina, uma empresa doou mais de 20 mil máscaras para um hospital. Nacionalmente, uma empresa não produzia, mas se dispôs a fabricar álcool em gel neste momento. A imprensa também mostra médicos que, voluntariamente colocam-se à disposição para trabalhar na linha de frente dos atendimentos. Já nas redes sociais, “viralizaram” as fotos de cartazes em portas de apartamentos, com jovens colocando-se à disposição de idosos para irem ao supermercado por eles. Até mesmo as nações que já decidiram fechar fronteiras! Tudo isso, neste momento, é cooperar. É atuar em conjunto por um objetivo em comum: frear o vírus, preservar vidas, resguardar o nosso sistema de saúde e, consequentemente, a economia.

A propósito, embora seja importante não perder de vista esses bons exemplos, não dá pra fechar os olhos para o impacto financeiro provocado pelo novo coronavírus. Então, é válido o recado: não deixe de comprar dos pequenos estabelecimentos que oferecem os serviços essenciais. Se possível, com o apoio da tecnologia bancária, não deixe de pagar a diarista, a academia… tente da sua maneira e, dentro das suas possibilidades, manter a roda da economia girando.

Olhar para o outro com preocupação verdadeira e não abandonar o associado em momentos de maior dificuldade, é algo que as cooperativas financeiras historicamente fazem bem. E isso tem uma explicação histórica. A maioria dessas instituições nasceu, justamente, em momentos de adversidade e escassez de recursos.

Sistemas cooperativos anunciam medidas emergenciais para os sócios

O Sicoob, por exemplo, anunciou nesta semana que está abrindo uma linha de crédito para atender os cooperados afetados e que vai reestruturar, e não simplesmente adiar, o prazo das operações em curso.

O Sicredi adotou a postura de prorrogar operações de crédito e manter suas linhas ativas, avaliando com cuidado caso a caso, para dar suporte aos associados e manter a atividade econômica. Uma das cooperativas vinculadas a esse sistema, a Sicredi Pioneira do Rio Grande do Sul, anunciou ações de crédito emergenciais para o setor turístico, uma cadeia produtiva das mais afetadas pelo vírus.

A Unicred Sul Catarinense, umas das cooperativas vinculadas à Unicred, oferecerá aos seus cooperados com obrigações em dia, uma carência de até 90 dias para voltar a pagar os empréstimos. Eles terão duas opções que serão expostas pelos gerentes de relacionamento, caso a caso, aos próprios sócios.

Valorizar o posicionamento destes sistemas e dos demais que ainda irão se pronunciar, é reafirmar, em tempos de adversidade, a relevância do cooperativismo para o Sistema Financeiro Nacional.

Giovana Pedroso é jornalista e especialista em gestão de cooperativas de crédito pela USP/ESALQ.


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