A hora e a vez do cooperativismo financeiro no brasil, por Kedson Macedo

Em um cenário de instabilidades e incertezas, quanto maior for o propósito, maiores serão o desafio e a oportunidade de superá-lo, atingindo um patamar mais alto do que seria em uma situação estável e confortável. Trata-se de uma realidade incontestável no universo econômico-financeiro. É exatamente esse tipo de oportunidade ímpar de crescimento que se apresenta ao cooperativismo financeiro no atual momento econômico do Brasil. Tanto pela consolidação dos números historicamente positivos, quanto pela filosofia humanista que é a essência dos diferenciais cooperativistas, muito mais favoráveis – individual e coletivamente – às pessoas do que a objetividade impessoal e o racionalismo pragmático que regem as práticas comuns ao mercado financeiro tradicional.

Apesar da acirrada competitividade em que se baseia a maioria das relações comerciais, e até de muitas relações humanas, também vemos o pensamento colaborativo ganhar impulso e motivar iniciativas que promovem a realização e o bem-estar do indivíduo e, paralelamente, ou como efeito, do desenvolvimento social. Tal ‘movimento’ tem grande afinidade com o cooperativismo e, em especial, cooperativismo financeiro.

Esta nova ambiência é propícia a nossas cooperativas singulares, pois os produtos e soluções financeiros que oferecemos, com taxas e condições bastante diferenciadas em relação às instituições financeiras comerciais, e a distribuição das sobras facilitam aos associados resolver eventuais imprevistos e pendências, reencontrando o equilíbrio financeiro, e concretizar projetos pessoais. Ou seja, transformar sonhos em realidade e prosperar.

Números do cooperativismo financeiro no Brasil, no primeiro semestre de 2018, refletem essa condição. Na comparação com igual período do ano passado, o número de associados aumentou 2,54%, totalizando mais de 10 milhões de cooperados, mesmo com a redução de 2,23% no total das cooperativas de crédito singulares (964, em junho de 2018), causada principalmente pelo natural movimento de aglutinação. O Ativo Total cresceu 8,18 %, chegando a R$ 368,8 bilhões. As operações de crédito cresceram 2,40%, movimentando R$ 100,6 bilhões, enquanto que os depósitos alcançaram R$ 125,8 bilhões.

Diante de tal cenário, cabe às lideranças cooperativistas, responsáveis pela pujança do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), perceberem e aproveitarem essa oportunidade, mobilizando-se firmemente com o objetivo de, nos próximos cinco anos, representarem 10% do Sistema Financeiro Nacional, no mínimo.

A busca do crescimento sustentável de cada cooperativa deve começar por uma diretriz estratégica assertiva, que alinhe o corpo técnico-gerencial às orientações decisórias, para identificar e analisar cenários; vislumbrar, construir e, corajosamente, praticar a inovação disruptiva ou incremental. Além disso, desenvolver um modelo de negócio vencedor e implantar um sistema que integre, motive, instrumentalize e comprometa todos os colaboradores no objetivo de aprimorar, ampliar, estender e aumentar não só os produtos e serviços financeiros, mas também o quadro social da cooperativa. Tudo isso sem descuidar das melhores práticas de compliance e gestão de riscos.

Como resultado, ao aumentarem sua participação no Sistema Financeiro Nacional as cooperativas beneficiarão um número ainda maior de cooperados e promoverão, por meio da solidariedade e da ajuda mútua, o bem-estar e o progresso de mais pessoas e seus familiares, com reflexos positivos diretos no desenvolvimento das comunidades, da sociedade e da nação, conforme é a razão de ser de nossas instituições.

Que assim seja!

Kedson Macedo – Presidente da Confebras (Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito) e diretor-executivo da Cooperforte (Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo de Funcionários de Instituições Financeiras Públicas Federais)

Fonte: mundocoop.com.br


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